Lu Moura

Lu Moura

Especialista em Comunicação, Gestão, Marketing e Vendas. Consultora, Mentora, Coach, Treinadora.
Estudante de Psicanálise, Neurociência e Comportamento.

Marketing de Influência e o compromisso de marcas e profissionais com os consumidores

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Ainda é um desafio acertar em um mercado tão recente.

Cassino no Brasil é crime.

Eu sei. Pesado.

Porém, eles não são permitidos por lei, então…

Temos um monte de coisa que ainda não foi regulamentada porque é muito recente e, dessa forma, ficamos muito perdidos sobre o que pode ou não.

Quem são os influenciadores

Bem, na teoria, são pessoas “com influência”.

Levando ao pé da letra seriam pessoas com poder, controle e autoridade para levarem as outras a tomarem decisões baseadas em seus conselhos, indicações e práticas.

No Brasil, são estimados que os influenciadores somam mais de 500 mil pessoas, segundo pesquisas.

A população do Brasil é de 214 milhões até o momento.

De acordo com um levantamento da IAB Brasil, 92% dos consumidores aplicam regularmente as sugestões oferecidas por influenciadores.

Influenciadores sempre existiram e, embora não fossem chamados assim antes, grandes nomes sempre moldaram um “pensamentos e práticas” de cada época.

Os influencers do mundo digital

No digital, trata-se de uma área nova e com muitas pessoas tentando a sorte.

Alguns profissionais mais estabelecidos e com muita audiência conquistam grandes marcas e conseguem monetizar toda essa atenção com facilidade.

Mas, há também as pessoas que estão em busca de enriquecimento rápido e fazem qualquer coisa para chamar a atenção para si e então buscarem parcerias para divulgarem produtos.

Temos milhares de exemplos e não é preciso citar nenhum específico, pois você deve conhecê-los e, isso aqui não é julgamento, apenas uma constatação de práticas que acabam sendo comuns em mercados que ainda não estão enraizados.

Portanto, na teoria, eles só precisam ter atenção de muitas pessoas, ou seja, muitos seguidores, para se auto denominarem “influencers”.

A estratégia de Marketing de Influência

O marketing de influência é uma estratégia para colocar as marcas na frente de milhares de pessoas de forma mais “orgânica”.

Nesse caso, em vez de criar um anúncio, a marca faz uma parceria paga com o influenciador para divulgação de seus produtos.

Nessa estratégia o objetivo é se distanciar ao máximo das características de um anúncio comum, que tem uma linguagem muito própria e que todo mundo reconhece o “cheirinho de venda” logo de cara.

O influenciador deve indicar que ele mesmo usa os produtos e serviços, gosta e, por isso recomenda ao seu público, como se estivesse fazendo isso com um amigo próximo.

Para as marcas o ganho está na capacidade e habilidade que o influenciador tem de levar o seu público a tomar decisões de compra mais rápidas, pois vai direto no público-alvo e envolve menos custos no processo, já que fazer anúncios costuma demorar mais para gerar uma conversão e ser bem mais caro.

Os problemas do marketing de influência

Há alguns dias, influenciadores como Neymar e Felipe Neto entraram no radar por se tornarem alvo da CPI das Pirâmides Financeiras (ou CPI dos Criptoativos).

Eles, e muitos outros influenciadores, são grandes responsáveis pela popularização de jogos online, ou melhor falando, cassinos online, como a Blaze no caso dos dois.

Os cassinos são reconhecidos no mundo inteiro por seus esquemas que levam os usuários a se viciarem e a perderem dinheiro de forma contínua. Mas, como não havia nenhuma fiscalização até então, a Blaze vinha fazendo fama e muita fortuna no país com o apoio e divulgação de diversos desses influencers.

Antes da CPI, muitos vídeos e reclamações já estavam sendo registrados por brasileiros. Basta fazer uma busca no Reclame Aqui e no próprio Youtube, onde um vídeo de Daniel Penin acumula mais de 5 milhões de visualizações.

Nada parecia afetar a operação da empresa.

Mas agora, parece que vamos ver alguma análise e regulamentação dessas práticas no mercado.

Onde falta regras e sobra dinheiro

Por não ter nenhuma regulamentação ainda, os influenciadores não estão pensando muito no impacto que os produtos que divulgam têm sobre o seu público.

Talvez essas pessoas pensem que cada um é capaz de decidir por si mesmo e que não estão fazendo nada errado, mas a realidade é que o Brasil é um país onde muitas pessoas não possuem muito conhecimento e capacidade de avaliar o que o outro está oferecendo, passando tudo isso por um filtro denso para tomarem decisões.

Elas acreditam porque confiam e gostam daquele influenciador. E por isso, a responsabilidade de quem divulga é bem grande.

Por outro lado, temos as marcas que, se forem sérias e prezarem por sua reputação no mercado, precisam entender bem e investigar se aquele influencer é o melhor para o negócio. É importante ter uma maior bagagem ao tomar a decisão de colocar essa pessoa para representar seus produtos.

Já vimos diversos casos, não só no Brasil, onde atitudes do influencer respingaram na marca de maneira contundente.

Corrigir isso costuma ser caro e dar muito trabalho, inclusive jurídico, tanto para a marca quanto para quem se tornou porta-voz dela.

Portanto, iniciativas de marketing de influência precisam ser levadas mais a sério, pois o impacto que tem no mercado e sobre as pessoas não é a brincadeira que estamos achando que poderia ser.

Responsabilidade é a palavra de ordem. Ainda mais agora que estamos vivendo uma CPI, tão séria que a situação se tornou.

*Este artigo apareceu primeiro aqui no Medium.

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