Lu Moura

Lu Moura

Especialista em Comunicação, Gestão, Marketing e Vendas. Consultora, Mentora, Coach, Treinadora.
Estudante de Psicanálise, Neurociência e Comportamento.

Como você faz qualquer coisa é como você faz tudo na vida

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Já arrumou sua mesa de trabalho hoje?

Tive contato com a filosofia hermética há algum tempo em um vídeo da professora Lúcia Helena Galvão.

Entre as leis ensinadas, há o princípio da correspondência, que diz:

“O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima.”

Quando ouvi sobre o assunto fiquei empolgada. Então, comprei o livro O Caibalion para estudar e fiz o que todo mundo faz, esqueci do assunto.

Desejamos mudanças constantemente

Sabe quando você detesta uma situação e quer muito mudar, pois não suporta mais um dia naquela rotina?

Vamos supor que seja seu trabalho chato, seu chefe que te sobrecarrega e deixa o “queridinho dele” sempre a vontade para não fazer nada ou aquele cliente que tem problema o tempo inteiro… infernal, não é?

Então, você pensa: Droga, preciso sair dessa empresa ou vou enlouquecer.

Você bola um plano, e a noite quando chega em casa, atualiza o currículo, entra no Linkedin e acha “aquela vaga, naquela empresa” e nem pensa em nada, só envia de uma vez.

No dia seguinte a recrutadora te liga, marca a entrevista, tudo dá certo, você passou, parabéns, você começa amanhã.

Adeus chefe chato, adeus trabalho chato, a minha vez de mudar chegou!

Tudo tão rápido que você mal tem tempo de processar.

Você começa na nova empresa, está tudo lindo, está tudo perfeito.

Seis meses depois você se pega pensando: Droga, preciso sair daqui ou vou ter um problema mental.

Mudou, mas não houve mudança

Você se movimentou. Você se esforçou e saiu do lugar.

Mas, por incrível que pareça, tudo permaneceu igual.

Só acrescentou atores novos e um novo cenário, mas a peça de teatro é a mesma.

Por quê?

Que carma é esse?

Hoje, a gente fala muito mais sobre saúde mental. Depois da pandemia de Covid-19 esse tema virou rotina.

Tudo que aconteceu criou um momento que nos colocou frente a frente com nosso eu, nossa essência, essa que vivemos tentando jogar para debaixo do tapete, buscando sempre uma forma de distanciá-la cada vez mais.

Mas, não teve jeito. Algumas pessoas tiveram um reencontro alegre com algo esquecido, outras um tremendo susto, nem se reconheceram.

O fato é que agora, ninguém tem mais vergonha de dizer que tem um terapeuta. Ao contrário, muitos se orgulham disso, o que é bom.

E até por isso, você pode estar pensando: Talvez o problema não seja o trabalho…

Talvez o problema seja você

Onde quer que você vá, você sempre estará lá.

Não adianta fugir para outro trabalho. Você irá levar consigo todas as suas crenças e comportamentos.

O problema se repete, na maioria das vezes, porque não temos consciência de que são as nossas ações que estão provocando essas reações.

Eu juro que gostaria de ter percebido isso a tempo, pois teria me poupado de inúmeras chateações na vida.

Quando eu ouvi pela primeira vez sobre o princípio da correspondência, algo fez sentido para mim, mas ainda não tinha dado aquele clique.

Depois daquele primeiro momento, ouvi outras pessoas falarem sobre isso, uma delas em um TEDx:

O micro se reproduz no macro, como você pendura a sua roupa no varal é como você faz tudo na vida. — Vanessa Tobias

Eu não estou dizendo que as outras pessoas não têm responsabilidade por uma dinâmica tóxica e que toda mudança cabe a você.

Mas, a mudança que você quer viver precisa começar de você.

E precisa ser de dentro para fora. Por isso, não adianta mudar só de lugar físico, talvez seja necessária uma mudança comportamental.

Para isso, é importante entender como você se encaixa nesse contexto:

  • O que as pessoas estão esperando de você que você não faz e elas retribuem de maneira que te irrita?
  • Por que você não está fazendo?
  • E se você não pretende fazer, como mudar isso de forma definitiva?

Talvez seu chefe espere um comportamento mais proativo, como você não entrega, ele reage dando ordens em você o tempo todo, como uma criança.

Talvez o cliente espere que você encontre esse problema de forma definitiva para ele, você não é o especialista?

Ou ele é inseguro, como você poderia passar mais segurança sobre o que está sendo feito?

Talvez seja importante melhorar sua influência e comunicação para se tornar um “querido” do chefe, se isso for seu desejo.

Perceba que esse ciclo se retroalimenta. Como você não faz, as pessoas reagem de maneira negativa, como elas reagem de maneira negativa, você não faz…

Se você continuar fazendo as mesmas coisas, sempre do mesmo jeito, tudo que você detesta continuará se repetindo onde quer que você vá.

E caso você não consiga enxergar qual é o problema no nível macro, é só olhar para o nível micro.

Talvez você queira ter seu nome em um grande projeto, ser reconhecido, ser famoso por um trabalho, mas quando a gente olha para a sua mesa, percebe que aquele projeto não teria muita chance…

Resumindo

Olhe ao seu redor e perceba como tudo está. Se isso não te deixa feliz, possivelmente é porque você está fazendo com a sua vida o mesmo que faz com a louça acumulada na pia.

Começou com um inocente copo e parece que gerou filhotes em escala exponencial.

Se olhar para essa pilha te assusta e te gera ansiedade da mesma forma que quando você olha para os seus problemas maiores, isso pode ser um sinal de alerta do seu inconsciente de que coisas precisam ser resolvidas.

Eu sei como é, já estive nesse lugar.

Minha sugestão? Coloque uma música que você gosta, pegue o detergente, despeje 3 gotinhas na esponja e comece a esfregar, enxague. Coloque o copo para secar. Agora o próximo…

Esse artigo apareceu primeiro aqui no Medium.

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