Lu Moura

Lu Moura

Especialista em Comunicação, Gestão, Marketing e Vendas. Consultora, Mentora, Coach, Treinadora.
Estudante de Psicanálise, Neurociência e Comportamento.

Como saber se sou uma impostora?

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No empreendedorismo há muita falácia. Muita mentira. Muito palco. Muita gente delirante cuspindo cifras milionárias.

Isso é uma verdade, um fato. Mas, é verdade também que isso é uma parte, uma pequena fatia do todo, não o todo.

Fomos tão acostumados a seguir um script que tudo que sai do roteiro conhecido nos assusta e nos amedronta. Não é para menos, são anos sendo educados assim. 

E quando eu digo, educados,  é educados mesmo, presta atenção nisso: Dos 6 aos 21 anos (talvez menos, talvez mais) você passa seguindo uma cartilha padronizada.

São cerca de 15 anos, aprendendo que é preciso pesquisar, citar a fonte, padronizar nas normas da ABNT, colocar títulos insossos nos nossos trabalhos e projetos, não inventar nada, só citar quem já falou sobre isso.

Onde sobra espaço para dar minha opinião, refletir e arriscar um novo pensamento?

Onde sobra espaço para eu ser criativa e falar algumas loucuras sem ser julgada? Onde sobra espaço para ousar um pensamento novo? Com o objetivo de controlar o conhecimento, evitar que ele seja “maculado” e pessoas enganadas com isso, o modelo tradicional também engessa as pessoas em um cercadinho que as faz ter medo de pisar em qualquer linha fora do traçado.

Saiu da faculdade? Agora tem o Conselho da sua função que não permite tal coisa e tal coisa. Sai da linha pra você ver!

Corta pra hoje. Você está aí, vendo um monte de adolescente fazendo dinheiro, sem pisar em uma faculdade, falando o óbvio da maneira “mais rude ou tosca” e aí você pensa: Omg! Estudei anos e não ganho isso, como pode?

Acontece que eles não estão presos nessas linhas imaginárias, eles arriscam e ousam falar seus pensamentos da maneira mais pura, sem ficar citando fontes, sem criar coisas dentro das normas da ABNT, sendo naturais (numa linguagem do dia a dia) e ajudando pessoas a resolver problemas do cotidiano.

E você está paralisada porque não foi desse jeito que aprendeu. Tudo precisa de um processo exaustivo para ser considerado bom, são milhares de horas estudando, milhares de horas lendo livros e quanto mais você estuda, mais pensa que não sabe o suficiente e advinha, mais sente que é uma impostora, porque não sabe tudo que precisa.

Na real, todos nós somos impostores se você pensar dessa forma. Nunca saberemos tudo de tudo e se só pudermos falar de alguma coisa se soubermos tudo sobre o assunto, logo 99% do mundo deveria ficar caladinho.

Sim, existe uma linha tênue entre você enganar os outros, dizendo que sabe coisas que não sabe (impostor) e saber MENOS que você ACHA que precisa saber sobre um assunto.

Essa linha diz sobre conseguir ajudar alguém que precisa saber o que você sabe. Diz sobre tirar pesos, dores, frustrações de pessoas que precisam de um conselho, informação ou serviço que você consegue prestar.

Ser especialista não significa saber tudo. Todo dia o mundo nos apresenta algo novo e você jamais estará a par de tudo, simplesmente porque nem dá tempo.

Se você é um nutricionista, ontem teve uma descoberta da neurociência que mudou a  forma como se pensa carboidratos, isso é um exemplo. Você é um impostor por não ter lido o artigo ainda? Tudo que você sabe deve ser jogado fora? As coisas que você sabe não ajudou as pessoas até hoje?

Tem muito impostor? Tem!

Tem muita gente com menos conhecimento que você fazendo mais dinheiro? Tem! Sabe por que? Por que a pessoa não fica se perguntando se é um impostor, ela está nesse momento pensando em como ganhar mais.

Você é uma impostora? NÃO.

Certeza que se você fosse, não estaria aqui lendo isso.

Então, vamos lá trabalhar nessas limitações e barreiras, comece a criar para ajudar as pessoas que sabem menos que você.

As pessoas que sabem mais terão outros mentores e isso faz parte. Se você continuar se comparando com quem sabe mais vai manter esse constante sentimento de que precisa de mais e mais e mais conhecimento e, isso nunca terá fim, porque como você sabe, sempre vai existir alguém que sabe mais que você. No mundo real, essa competição aí não existe assim.

A boa notícia é que sempre vai existir pessoas que sabem menos que você.

E é justamente para essas pessoas que você deve apontar seu foco. Let ‘s Go!

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